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Lula em Belém (PA). Foto: Ricardo Stuckert Lula em Belém (PA). Foto: Ricardo Stuckert
24/10/2025

LULA CRESCE NAS AVALIAÇÕES POSITIVAS E CONSOLIDA PREFERÊNCIA ELEITORAL

Aprovação do presidente aumenta e atinge melhor índice desde janeiro de 2024. Maioria também avalia governo como bom/ótimo e Lula venceria direita em todos os cenários.

Por Priscila Lobregatte

Nova pesquisa de opinião, desta vez da Atlas/Intel Bloomberg, confirma viés de alta na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu governo, além de apontá-lo na dianteira frente a qualquer dos candidatos da direita que vêm sendo aventados.

Segundo o levantamento, divulgado nesta sexta-feira (24), 51,2% o aprovam, contra 48,1% que o desaprovam. Trata-se do melhor resultado obtido pelo presidente nas aferições do instituto desde janeiro de 2024.

A pesquisa Atlas/Intel apontou uma aprovação de 50,8% em setembro e de 47,9% em agosto, indicando elevação nos últimos meses. Em sentido contrário, a desaprovação vem caindo: era de 48,3% no mês anterior e de 51% há dois meses. O pico de desaprovação na série deste ano foi em maio, quando atingiu 53,7%.

De acordo com o recorte feito pela pesquisa — considerando aspectos como gênero, idade, renda, escolaridade, religião e região — o presidente tem melhor desempenho entre as mulheres (55,7%); pessoas com mais de 60 anos (67,9%); entre os que têm ensino superior completo (60,3%), no segmento de renda familiar acima de R$ 10 mil (64,6%); entre os agnósticos e ateus (81,3%) e no Nordeste (54,8%).

No polo oposto, o índice é mais baixo entre: homens (46,1%); na faixa etária entre 25 e 34 anos (39,1%); com escolaridade até o ensino médio completo (43,1%), renda familiar até R$ 2 mil (6%), evangélicos (27,6%) e no Centro-Oeste (37,2%).

Avaliação do governo

A pesquisa aferiu, ainda, como os brasileiros julgam o governo Lula. E também neste caso, as opiniões positivas são maiores do que as negativas, embora com diferenças mais apertadas. Para 48%, o governo é ótimo ou bom; outros 47,2% consideram ruim ou péssimo; regular soma 4,8%.

Seguindo essa tendência, a gestão federal tem melhorado seu desempenho frente à opinião pública nos últimos meses. Em agosto, 51,2% a consideravam ruim/péssima, ante 43,7% de boa/ótima. Em setembro, o índice negativo caiu, enquanto o positivo cresceu, de maneira que ambos ficaram bastante próximos: 48% a 46,2%, respectivamente, até que o mês de outubro consolidou essa tendência. Os que julgam de maneira regular variaram de 5,1% a 5,8% entre agosto e setembro.

Primeiro turno

No caso das projeções para as eleições presidenciais de 2026, Lula tem desempenho superior (e com folga) ao de todos os seus possíveis concorrentes da direita bolsonarista, tanto nos cenários testados de primeiro quanto de segundo turnos.

Na disputa de primeiro turno, foram apresentadas quatro possibilidades. Na que se mostra mais provável neste momento — Lula x Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo —, o presidente chega com folga à primeira colocação, com 51,3%, contra 30,4% do adversário.

No segundo pelotão, mas bem abaixo, vêm os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), com 6%; Ratinho Jr. (PSD-PR) tem 3% e Romeu Zema (Novo-MG), 2,5%. Brancos e nulos somam 5% e os que dizem não saber ou que não responderam são 1,9%.

Já na hipótese de trocar o nome de Tarcísio pelo da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), Lula fica com 51% ante 26,2%. Os demais têm, pela mesma ordem, 9,1%; 5,1% e 4,6%. Brancos/nulos somam 3,2% e os que não responderam ou não sabem, 0,8%.

O terceiro cenário, menos provável até o momento — sem Tarcísio e Michelle — mostra Lula com 51% contra Caiado, que amarga 15,3%. Na sequência, em empate técnico, vêm Zema, 10,6%, e Ratinho Jr., com 10,4%. Neste caso, nulos e brancos saltam para 9,4% e os demais, 3,4%.

A quarta possibilidade, também improvável por ora — já que nesta semana Lula confirmou que concorrerá à reeleição — também se mostra muito mais favorável ao campo da esquerda.

Quanto Lula é substituído pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o percentual é de 43% para ele, contra 30% de Tarcísio. Em seguida figuram Caiado (7%), Ratinho Jr. (3,5%) e Romeu Zema (2,6%). Neste caso, os brancos/nulos somam 10,8% e os que não sabem/não responderam ficam em 2,9%.

Segundo turno

Nas simulações de segundo turno, os resultados também são bastante favoráveis a Lula, que atinge 52% em praticamente todos os cenários.

Contra Tarcísio, o presidente tem 52%, contra 44%, com 5% de brancos/nulos. Se a adversária for Michelle, o resultado é semelhante: 52% a 43%, com o mesmo percentual de brancos/nulos.

A pesquisa também testou o nome de Jair Bolsonaro (PL) que, no entanto, está inelegível e prestes a ser preso por tentativa de golpe. Os percentuais, nesta situação, são os mesmos obtidos no embate com o governador paulista.

Na sequência, Lula teria o mesmo percentual (52%) ante Zema (35%) e Caiado (36%). Nessas situações, os brancos/nulos saltam para, respectivamente, 14% e 12%.

Uma pequena oscilação acontece quando é testado o nome de Ratinho: Lula teria, então, 51%, contra 37%; brancos/nulos ficariam também em 12%.

A pesquisa Atlas/Intel Bloomberg ouviu 14.063 pessoas entre os dias 15 e 19 de outubro. A margem de erro é de um ponto percentual.

Fonte: Portal Vermelho

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