Informativo

27/09/2017

Mulheres trabalhadoras: Atos no país denunciam reforma da Previdência

A reforma da Previdência foi alvo de protestos das centrais sindicais nessa terça-feira (26) em diversos estados do Brasil. Mulheres dirigentes da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) reiteraram o prejuízo que a reforma trará. O saldo será aumento da igualdade de gênero e exploração das mulheres trabalhadoras. O Projeto de Lei da reforma está parado na Câmara dos Deputados e perde força para votação na Casa.

Por Railídia Carvalho

Os protestos foram organizados pelo Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais que reúne CTB, Central Única dos TRabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). As manifestantes se concentraram em frente às agências da Previdencia Social.

A reforma da Previdência aguarda para ir à votação no plenário. Apesar de ter sofrido pequena alteração no projeto original do governo Temer, a reforma continua penalizando as trabalhadoras. A idade mínima para as mulheres ficou em 62 anos pela proposta. Pelas regras atuais da Previdência, a mulher pode ser aposentar quando atingir 30 anos de contribuição (homens 35) ou quando atinge 60 anos de idade (homens 65 anos).

A proposta que vai a plenária impõe 65 anos de idade minima para o homem se aposentar e pretende acabar com a aposentadoria por tempo de contribuiçao. Propõe também tempo mínimo de contribuição de 25 anos para homens e mulheres, ou seja, impõe 10 anos a mais do que se exige pelas regras vigentes. Sem contar que o recuo na idade mínima, que inicialmente seria de 65 anos para homens e mulheres, beneficia aquelas que ganham mais. 

Para a professora e secretária da Mulher da CTB-BA, Marilene Betros, as mulheres estão nas ruas em defesa de um sistema previdenciário decente, inclusivo, que não desampare o trabalhador e a trabalhadora. “Esse desmonte da previdência tem um caráter machista e racista e trará consequências negativas para as mulheres, em especial as negras”, comentou.

Fonte: Portal Vermelho com informações da CTB

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